sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Antes que eu vá, de Lauren Oliver


Antes que eu vá foi amor a primeira vista! Eu vi o livro no Facebook da Editora Intrínseca e depois li a resenha maravilhosa da fofa Carolina Mota em seu blog Sun Rises Here (leia aqui), o que me incitou ainda mais a leitura. Acabei ganhando o livro de namorido quando fomos à Bienal do Livro carioca.

O livro superou as minhas expectativas! A escrita da iniciante Lauren Oliver é perfeita! Ela soube passar para o papel todo o sentimento de uma adolescente. A escrita rápida, dinâmica, faz com que a leitura flua leve.

Conta a história de Samantha Kingston, uma adolescente que faz parte do grupo das garotas mais populares do colégio, que tem uma vida que ela acha perfeita: amigas inseparáveis, namora um dos garotos mais cobiçados... Até que não há um amanhã: ela morre em um acidente de carro voltando de uma festa, no Dia do Cupido (que seria de 12/02, uma comemoração pré Dia dos Namorados americano, festejado no dia 14/02). Porém, ela acorda e percebe que está vivendo o mesmo dia. E isso se repete por 7 vezes.

O enredo desenrola-se com Sam tentando descobrir o que há de errado. Se a morte é somente isso mesmo: "Talvez, quando a pessoa morre, o tempo se dobre nela, e ela fique dentro dessa bolha para sempre" (p.102); ou o que falta para que ela se liberte e viva o pós-morte.
O que mais gostei no livro foram: primeiramente, o foco na ideia de que, todos os dias, temos várias opções a seguir e, que escolhendo qualquer uma dessas, abrimos mãos das outras e mudamos algo no girar de nossas vidas. "Na maioria das vezes - 99 por cento do tempo -, você simplesmente não sabe como e por que os fios se enrolam juntos, e não tem problema. Faz uma coisa boa e algo ruim acontece. Faz uma coisa ruim e algo bom acontece. Não faz nada e tudo explode". (p. 322) São as opções que Sam toma diferentemente a cada dia que a levarão ao encontro da liberdade.
Depois, o ponto de vista do bullying (Sam e as amigas, especialmente a chefe do grupo, Lindsay, é praticante ativa. Aliás, elas praticam entre si, também). Sempre ouvimos histórias de quem sofre a ação. E a pessoa que comete é sempre vista negativamente. Claro que a autora não apóia este tipo de prática - nem eu, por favor... -, mas mostra que, muitas vezes, quem pratica é uma pessoa tão frágil que o faz antes que ajam contra ela. Uma defesa pessoal deturpada.
Outra, a questão de como a autora é honesta com seu leitor. Como a personagem, altamente detestável no primeiro capítulo, vai cativando o público com sua humanidade, suas falhas e sua vontade de mudar.  E nem posso dizer que tarde demais. Porque, nunca é tarde demais!

Trecho perfeito: "Fala a verdade: você se surpreendeu por eu não ter percebido isso antes? Surpreendeu-se por ter demorado tanto a sequer pensar na palavra - morte? Morrer? Morta? Você acha que eu estava sendo tola? Ingênua? Tenta não me julgar. Lembre-se de que somos iguais, eu e você. Também pensei que fosse viver para sempre". (p. 102)

Booktrailer:

Um comentário:

  1. Beeeeca, não sabia que você estava com esse blog!
    Eu sou LOUCA pra ler esse livro!
    E ainda não tive a opotunidade =/
    Espero poder comprar o mais rápido possível.
    Beijos <3

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